Tenha a idade que tiver, há no seu interior que necessita um pequeno que necessita de amor e aceitação. Se for uma mulher, por mais independente que seja, tem em seu interior uma menina muito vulnerável que necessita de ajuda; se é um homem, por mais maduro que seja, leva de todas as formas um menino consigo que tem fome de calor e afeto. Cada idade que ele viveu está dentro de sua memória.
Quando éramos crianças e as coisas iam mal, costumávamos pensar que algo não funcionava bem em nós, que teríamos algo mal dentro de nós. Os meninos pensam que se pudessem fazer as coisas boas, seus pais (ou quem seja), lhes amariam e não lhes castigariam nem lhes pegariam.
Assim, pois, sempre que o menino ou a menina desejavam algo e não conseguiam, pensavam: "Não valho o suficiente. Sou anormal, um atrasado". Então quando não fazemos melhor, rejeitamos certas partes de nós mesmos.
Também levamos a nossos pais dentro de nós. Temos em nosso interior o menino e seus pais. A maior parte do tempo o pai, ou a mãe, repreende ao menino, quase que sem parar. Se prestar atenção ao seu diálogo interno, poderá ouvir o sermão. Poderá escutar como o pai ou a mãe disse ao menino que está fazendo algo mal ou que não serve para nada. Então, logicamente começamos uma guerra conosco mesmo; começamos a nos criticar da mesma formarem que éramos criticados: "você não serve para nada", "outra vez aborrecendo". Acaba se acostumando. Quando nos tornamos adultos, a maioria de nós não fazemos o menor caso de nossa criança interior, ou o criticamos tal como nos criticavam. Continuamos com o assunto numa próxima vez. (Louis L. Hay)
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